O tio de Yara Salvador Martiello, que confessou ter assassinado a menina, alegou em depoimento à polícia que estava sob influência de pasta base quando cometeu o crime. Segundo o homem, antes de ser enterrada, Yasmin chegou a erguer a mão, demonstrando ainda estar viva. Contudo, ele optou por não prestar socorro à vítima e terminou de matar a menina com um único golpe de enxada na cabeça.
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Depois de enterrar a criança numa cova rasa às margens do rio Bastião, em Terra Nova do Norte (675 km ao norte de Cuiabá) o suspeito retornou ao sítio onde trabalhava para exercer suas funções normalmente. Durante a tarde, depois de ser procurado pela mãe da menina, ele resolveu confessar o crime.
No depoimento o suspeito narrou à polícia que foi até a cidade comprar pasta base de cocaína por volta de 21h. Por volta de 1h, ele teria buscado Yara em casa, no entanto, o homem alegou não se lembrar de nada antes das 3h da madrugada, quando acordou com a menina do seu lado e, segundo o suspeito, morta.
Na sequência, o homem levou a sobrinha nos braços para o mato com a intenção de enterrá-la. Enquanto abria a cova, notou que a menina mexia a mão. Para terminar de matar a criança, deu uma enxadada na cabeça dela.
Por volta de 4h30, o suspeito foi trabalhar normalmente e chegou a ver mensagens no grupo da família no WhatsApp a respeito do sumiço de Yara. Ele ignorou os questionamentos e seguiu a rotina até que seu patrão informou ser ele o principal suspeito do crime. O homem, então, resolveu ir até a cidade e após se encontrar com a irmã, mãe da menina, resolveu confessar o crime.
De acordo com as investigações da Polícia Civil, apesar de não ter confirmado em depoimento, o homem estuprou a menina antes que ela fosse morta. O suspeito foi preso em flagrante e aguarda audiência de custódia.
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